sábado, 28 de fevereiro de 2009

Soneto 18 de Shakespeare cantado



Shall I compare thee to a summer's day?
Thou art more lovely and more temperate:
Rough winds do shake the darling buds of May,
And summer's lease hath all too short a date:
Sometime too hot the eye of heaven shines,
And often is his gold complexion dimm'd;
And every fair from fair sometime declines,
By chance, or nature's changing course un- trimm'd;
But thy eternal summer shall not fade,
Nor lose possession of that fair thou ow'st,
Nor shall death brag thou wander'st in hisshade,
When in eternal lines to time thou grow'st;
So long as men can breathe, or eyes can see,
So long lives this, and this gives life to thee.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Descomplicando PREDICTION

De acordo com o dicionário "Michaelis" PREDICTION em inglês quer dizer predição, vaticinio, prognóstico. A etimologia dessa palavra é latina de præ-"pré" + dicere "dicere". No desenvolvimento das habilidades de leitura a predição é uma ferramenta primordial, uma vez que, é o resultado da inferencia do pensamento do leitor sobre o que o autor quis dizer. No aprendizado de textos em uma lingua estrangeira, essa tentativa de "pre-dizer o significado", é essencial porque obriga o aprendiz (leitor) a pensar. Como professor tenho apresentado aos meus alunos (geralmente no primeiro dia de aula) textos semelhantes ao do "Casino Aalborg" ( veja texto postado em 23/02 )com o intuito de motivação, uma vez que, se demonstrado que os mesmo podem ler em "Dinamarquês", certamente também poderão ler em inglês. Porém, quando antecipo para a classe que vou apresentar um texto em Dinamarques e que em seguida irei fazer algumas perguntas sobre o referido texto, geralmente escuto a seguinte contestação: "Como poderemos responder sobre um texto em Dinamaquês, se nós não sabemos nada dessa língua?" E eu invariávelmente respondo: "Vocês pode não saber Dinamarquês mas garanto que sabem pensar! Mas, já que não sabem Dinamarquês...vamos tentar adivinhar ou pré-dizer o que está escrito no texto em Dinamarquês. Alguns de vocês que responderam as questões que postei (vide texto "CASINO AALBORG" de 23/02), podem ter tido essa mesma dúvida. Porém, quando verificadas as respostas, o indice de acerto, para aqueles que ousaram "adivinhar", foi quase 100%. Se formos levar em conta que, (acredito) nenhum dos leitores sabia uma única palavra em Dinamarquês, o resultado foi excelente! Como é possivel isso? Simplesmente porque utilizaram se de FACILITADORES como, prediction, background, cognatas entre outros...para obterem as respostas para as perguntas que formulei. Breve falaremos sobre background, cognatas, falsas cognatas e demais facilitadores de leitura. Até mais...

RELACIONANDO ALGUNS FACILITADORES

Prediction
Background
Identificação de cognatos
Identificação de falsos cognatos
Identificação de palavras de referência
Identificação dos conectivos ou marcadores lógicos ou textuais.
Contexto
Dicionário

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Shakespeare Soneto 18



* (ver tradução deste poema no link "traduções para os textos em inglês")

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Conhecimento e uso dos FACILITADORES como ferramentas para desenvolvimento das habilidades de leitura de textos em Inglês

Como vimos na postagem anterior sobre FACILITADORES DE LEITURA, estes não são mais do que ferramentas que se usados de maneira correta possibilitarão ao leitor extrair significados de um texto. Foram esses FACILITADORES que permitiram um quoeficiente de acerto muito próximo 100% na resposta das perguntas sobre o texto que postei do anúncio em Lingua Dinamarquesa, embora nenhum dos leitores fale Dinamarquês. Podemos deduzir que para aprender uma lingua extrangeira, ou para extrair significados de um texto, em uma prova de vestibular, ou na leitura de um artigo, não precisamos exclusivamente aprender o vocabulário dessa lingua, mas que a nossa capacidade cognitiva pode ser a chave da decodificação dos significados e do aprendizado desse vocabulário. A seguir abordaremos um a um estes facilitadores. Até muito breve!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

SHAKESPEARE SIMPLESMENTE FANTÁSTICO



Casino Aalborg Velkommen til Danmarks mest venlige kasino
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MUNHOZ, Rosangela, Inglês Instrumental, Módulo I, Textonovo, São Paulo 2002.

Você sabe falar Dinamarquês? O texto acima em Dinamarquês servirá para demonstrar sua capacidade de utilizar os facilitadores de leitura de que falamos na postagem anterior. Tente agora responder as seguintes perguntas:
De que tipo de estabelecimento comercial é este anuncio?
Qual é o horário de funcionamento?
Quanto custa o ingresso?
Qual é o numero do telefone?
Qual a idade mínima permitida para os freqüentadores?

FACILITADORES DE LEITURA

De acordo com a grande maioria do linguistas que pesquisam as estratégias de leitura o conhecimento dos agentes facilitadores permitem ao leitor um melhor resultado no desenvolvimento das habilidades de leitura ou reading skills. Abaixo alguns dos facilitadores de leitura por mim considerados mais importantes e que procurarei esclarecer nas próximas postagens.
Background/Conhecimentos Prévios
Prediction/Predição
Identificação de cognatos
Identificação de falsos cognatos
Identificação de palavras de referência
Identificação dos conectivos ou marcadores lógicos ou textuais.
Contexto
Dicionário

domingo, 22 de fevereiro de 2009

ESTRATÉGIAS DE LEITURA PARA INTERPRETAÇAO DE TEXTOS EM INGLÊS

Como vimos nos textos anteriores, inglês instrumental nada mais é do que a utilização de técnicas especiais, visando tornar o aprendizado da língua alvo mais rápido e eficaz além de ser também um novo paradigma no ensino de uma segunda língua evitando as tediosas aulas gramaticais que muito pouco resultado apresentam na comunicação do aprendiz e focalizando em textos o binômio ensino/aprendizado. O leitura passa a ser então a ferramenta essencial deste processo e o texto o objeto de trabalho. Como sabemos, ler não é um ato meramente mecânico, e sim um processo cognitivo. A mente do leitor seleciona as informações recebidas, interpreta essas informações e seleciona aquelas que considerar relevantes. O resultado na mente do leitor será então o significado geral do texto. Usar o dicionário toda vez que não se conhece uma palavra no processo de leitura se torna improdutivo além de que nos processos seletivos a exemplo dos vestibulares onde se tem que interpretar um texto o dicionário não é permitido. Daí a necessidade de se estabelecer estratégias de leitura para um bom resultado final do processo de leitura para os processos de ensino/aprendizado que tiverem a leitura como ferramenta do processo.Muitas universidades atualmente já estão incluindo Leitura e Produção de Textos como disciplina curricular visando promover um novo paradigma para facilitar o aprendizado da interpretação de textos em inglês e conseqüentemente acelerar e direcionar o aprendizado da língua e que nada mais é do que inglês instrumental. A grande dificuldade tanto para os professores quanto para os alunos é que estes ao pesquisarem na rede ESTRATÉGIAS DE LEITURA muito pouco material irão encontrar inclusive, quando encontrando, muitos dos termos ainda são em inglês tais como Skimming, Scanning, background etc. A minha sugestão é que procurem diretamente em READING SKILLS que traduzido literalmente significa habilidades de leitura mas que explica as estratégias para se desenvolver estas habilidades. Algumas estratégias são bastante difundidas para desenvolver as habilidades de leitura. Dentre elas podem ser citadas:· Skimming - leitura rápida que tem por finalidade checar o sentido geral do texto, como ele está estruturado, e qual a intenção e/ou estilo do autor. Scanning - técnica usada para extrair apenas informações específicas do texto não requerendo a leitura do texto como um todo e finalmente a Leitura por detalhes. .

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Breve história do ensino do inglês instrumental no Brasil

Segundo o Professor Décio Torres Cruz, historicamente o enfoque dado à leitura dentro do processo de ensino-aprendizagem de língua estrangeira tem variado de acordo com a corrente metodológica em voga. Até o final da década de 40, esse processo estava centrado na leitura e tinha por base o método do ensino da gramática e da tradução. A partir e por causa da Segunda Guerra Mundial, desenvolveu-se o método audio-lingual baseado nas teorias behavioristas em voga na época, com o propósito de ensinar línguas européias aos soldados americanos que partiam para o campo de batalha.
Com o desenvolvimento desse método, a leitura foi praticamente ignorada, tendo sido, inclusive, considerada prejudicial à aquisição de uma boa pronúncia quando apresentada ao aprendiz antes que este tivesse adquirido fluência oral. O objetivo da leitura era o domínio de habilidades e fatos isolados através da decodificação mecânica de palavras e da memorização pela repetição. O aprendiz possuía um papel passivo, de um instrumento receptor de conhecimentos vindo de fontes externas. Com o desenvolvimento das ciências cognitivas, essa idéia foi aos poucos sendo reavaliada. Os objetivos da leitura passam a ser a construção de significados e o aprendizado auto-regulado. O processo de leitura é concebido como uma interação entre o leitor, o texto, e o contexto; o leitor passa a ser visto como um sujeito ativo, um bom usuário de estratégias e um aprendiz cognitivo. Com base nesses pressupostos, os pesquisadores de leitura acreditam que o significado não está contido nas palavras na página. O leitor constrói significados, fazendo inferências e interpretações. A informação é armazenada na memória de longo-prazo em estruturas de conhecimento organizadas. A essência da aprendizagem constitui em ligar novas informações ao conhecimento prévio sobre o tópico, a estrutura ou o gênero textual e as estratégias de aprendizagem. A construção de significados depende, em parte, da metacognição, da habilidade do leitor de refletir e controlar o processo de aprendizagem (planejar, monitorar a compreensão, e revisar os usos das estratégias e da compreensão); e das suas crenças sobre desempenho, esforço e responsabilidade. A leitura vem, justificadamente, readquirindo posição de destaque no ensino de línguas: ela é fonte de diversos tipos de informação sobre a língua estrangeira, o povo que a fala e sua cultura, além de ser o contexto ideal para a apreensão de vocabulário e sintaxe em contextos significativos, permitindo ao aprendiz mais tempo para a resolução de problemas e a assimilação das novas informações apresentadas. A leitura, portanto, é fundamental ao aperfeiçoamento das demais habilidades e à expansão do conhecimento. Assim, o número de estudos sobre a leitura e os seus múltiplos aspectos cresceu muito nas últimas décadas, principalmente após os desenvolvimentos da análise do discurso. Nessa linha, destacam-se os estudos centrados na aquisição e no processamento da leitura, na teoria de esquemas e nas estratégias de leitura para o uso instrumental da língua.
O Inglês Instrumental surgiu no final da década de 70 a partir da demanda feita aos departamentos de Letras Anglo-Germânicas ou de Línguas Modernas por cursos de inglês especializados para vários departamentos de ciências pura e aplicada. Originalmente, o Inglês Instrumental foi concebido e conhecido internacionalmente como "ESP" (English for Specific Purposes, ou seja, “Inglês para Fins Específicos”), onde a finalidade da leitura era direcionada para as diferentes áreas de atuação do aluno, e era geralmente voltada para ciência e tecnologia. Em algumas universidades, essa disciplina era oferecida como Inglês Técnico. O objetivo era a leitura, interpretação e compreensão de textos e não a conversação ou tradução integral dos textos estudados. Com o passar do tempo, a técnica ESP passou a ser denominada de Inglês Instrumental e adquiriu um enfoque mais geral naquilo que se refere à escolha dos textos por área específica. Vem sendo utilizado não só em universidades, mas também em escolas técnicas, em cursos preparatórios para leitura de textos de vestibular, de concursos públicos, em algumas escolas de primeiro e segundo graus e também em cursos preparatórios para candidatos à seleção aos cursos de Mestrado e Doutorado. Como funciona o inglês instrumental
A metodologia do inglês instrumental tem como premissa básica levar o aluno a descobrir suas necessidades acadêmicas e profissionais dentro de um contexto autêntico, oriundo do mundo real. Portanto, o curso típico de inglês instrumental é elaborado a partir do levantamento de situações em que o conhecimento específico da língua inglesa permite ao aluno desempenhar melhor uma função lingüística específica.
No caso do funcionário que lida com clientes estrangeiros, para poder orientá-los devidamente, esse funcionário necessitará conhecer suficientemente ou o idioma nativo do cliente ou um terceiro idioma (geralmente uma lingua franca de projeção mundial como o inglês ou o espanhol) que o cliente também fale. Com o conhecimento básico dessa língua e a prática do vocabulário específico, o funcionário poderá se comunicar e fazer um atendimento significantemente melhor do que se o mesmo não tivesse esse conhecimento lingüístico.
Profissionais que trabalham com relatórios, pareceres, manuais, artigos e textos em língua estrangeira aprendem estratégias para facilitar a leitura e compreensão, sem que seja necessária a tradução na íntegra.
O módulo instrumental do curso de inglês da Universidade Federal de Pernambuco é desenvolvido por especialistas no ensino desse idioma para grupos de pessoas com necessidades similares. O material didático é desenvolvido a partir de documentos de trabalho ou de situações vivenciadas no dia-a-dia daquele grupo.
Pesquisas demonstram que o ensino de uma língua estrangeira orientada para o desenvolvimento de habilidades específicas tem apresentado excelentes resultados. Aumenta a motivação do aluno pelo rápido aprendizado, tornando-o auto-suficiente para o desempenho de suas funções e incentivando-o a buscar o seu próprio desenvolvimento e aperfeiçoamento. João Sedycias, Ph.D. Universidade Federal de Pernambuco

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

COMO FUNCIONA O INGLES INSTRUMENTAL


A metodologia do inglês instrumental tem como premissa básica levar o aluno a descobrir suas necessidades acadêmicas e profissionais dentro de um contexto autêntico, oriundo do mundo real. Portanto, o curso típico de inglês instrumental é elaborado a partir do levantamento de situações em que o conhecimento específico da língua inglesa permite ao aluno desempenhar melhor uma função lingüística específica.No caso do funcionário que lida com clientes estrangeiros, para poder orientá-los devidamente, esse funcionário necessitará conhecer suficientemente ou o idioma nativo do cliente ou um terceiro idioma (geralmente uma lingua franca de projeção mundial como o inglês ou o espanhol) que o cliente também fale. Com o conhecimento básico dessa língua e a prática do vocabulário específico, o funcionário poderá se comunicar e fazer um atendimento significantemente melhor do que se o mesmo não tivesse esse conhecimento lingüístico.Profissionais que trabalham com relatórios, pareceres, manuais, artigos e textos em língua estrangeira aprendem estratégias para facilitar a leitura e compreensão, sem que seja necessária a tradução na íntegra.O módulo instrumental do curso de inglês da Universidade Federal de Pernambuco é desenvolvido por especialistas no ensino desse idioma para grupos de pessoas com necessidades similares. O material didático é desenvolvido a partir de documentos de trabalho ou de situações vivenciadas no dia-a-dia daquele grupo.Pesquisas demonstram que o ensino de uma língua estrangeira orientada para o desenvolvimento de habilidades específicas tem apresentado excelentes resultados. Aumenta a motivação do aluno pelo rápido aprendizado, tornando-o auto-suficiente para o desempenho de suas funções e incentivando-o a buscar o seu próprio desenvolvimento e aperfeiçoamento.

O QUE É INGLÊS INSTRUMENTAL?

O inglês instrumental consiste, como a própria palavra denota, no treinamento instrumental dessa língua. É também conhecido como Inglês para Fins Específicos e tem como objetivo principal capacitar o aluno, num período relativamente curto, a ler e compreender o essencial para o desempenho de determinada atividade. O arcabouço metodológico no qual o ensino de inglês instrumental está fundamentado é em boa parte resultado de mais de vinte anos de pesquisas realizadas pelo Conselho Britânico com apoio do Ministério da Educação e colaboração de lingüistas ingleses e brasileiros, principalmente da Universidade de São Paulo (USP) e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Como destaca o Professor Décio Torres Cruz no seu artigo intitulado "Ensino/aprendizagem de inglês instrumental na universidade," publicado na Revista New Routes, número 15, de outubro de 2001, é indiscutível a importância do conhecimento da língua inglesa nos cursos universitários atuais. Considerando a competitividade do mercado e a necessidade de atualização constante de informações científicas e tecnológicas e as dificuldades das traduções de artigos, livros e outras publicações em tempo hábil, ou seja, com a mesma velocidade em que são escritos, as universidades resolveram mudar o enfoque do ensino de inglês como língua estrangeira, passando do estudo sistemático de vocabulário e regras gramaticais para um estudo mais abrangente de textos autênticos retirados das próprias fontes de informação. Essa nova forma de ler textos em inglês envolve estratégias de leitura, tais como: fazer previsões do conteúdo do texto a partir da análise de títulos, gráficos e ilustrações e do acionamento do conhecimento de mundo e conhecimento prévio do assunto pelo leitor, concentrar a atenção nas palavras cognatas e deduzir o significado de palavras desconhecidas a partir do contexto, procurar informações específicas ou fazer uma leitura rápida para verificar a idéia central do texto sem se preocupar com o conhecimento isolado de cada palavra ou com vocábulos desconhecidos, etc. Denominado de inglês instrumental, essa nova abordagem geralmente não inclui o estudo da língua falada, somente a escrita, já que o seu objetivo primordial é preparar os alunos para a habilidade da leitura e não para a comunicação oral. Os resultados têm sido eficazes onde esta metodologia tem sido empregada. João Sedycias, Ph.D. Universidade Federal de Pernambuco